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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Pontes na Ferreira, problemas de hoje e de sempre!

O século XXI corre célere, mas problemas que pelo adiantamento das técnicas hoje oferecidas já não deveriam mais causar transtornos teimam em reincidir!  Um deles é o caso de uma ponte na Ferreira, na Estrada VRS-809, cuja solução de mais um desmoronamento está a causar dores de cabeça aos gestores e, principalmente, aos moradores daquela localidade.  Mas havia outra ponte que em 1857 tinha sido destruída por uma poderosa enchente e que estava a causar dores de cabeça às autoridades. No início da década de 1860, a Câmara Municipal andava às voltas com a reconstrução dessa ponte e uma correspondência remetida ao presidente da Província, Dr. Esperidião Eloy de Barros Pimentel, em 16 de janeiro de 1863, dá mostras do quanto este tipo de obra demandava ações que esbarravam em todo tipo de problema, desde a burocracia da época, os recursos, sempre escassos, e até o imponderável.  Depois de processo de abertura de edital público para apresentação de propostas de empreiteiros, galgou

Desordem e prisão

Vista geral de Cachoeira no começo do século XX - Fototeca Museu Municipal A vida da cidade não era tão pacata assim há 100 anos. Como prova da agitação que por vezes tomava as ruas, uma notícia publicada na edição de 16 de janeiro de 1918 d' O Commercio  refere desordem e prisão na calada da noite cachoeirense: V. M. e E. B., em companhia das horisontaes* A. C. e P. M., resolveram consagrar à farra a noite de sexta-feira, noite tradicionalmente conhecida como escolhida para a apparição de bruxas, almas do outro mundo, boi-tatás e quejandas coisas que o vulgo rodeia de pavoroso mysterio, architectando, sobre ellas, as lendas mais extravagantes. Na Pensão 15 de Outubro, de C. M., nome sob o qual se disfarça o cabaret localisado no extremo leste da rua Andrade Neves, entregaram-se esses comparsas de orgia a libações excessivas, ultrapassando o limite que o corpo era susceptivel de comportar sem desequilibrio. Sahindo d'ali, já pela madrugada de sabbado, começar

Marista Roque: de quartel da Guarda a Ginásio Municipal

O Colégio Marista Roque está a um ano de completar seu 90.º aniversário. No ano anterior, 1928, às vésperas do início efetivo de seu funcionamento, importantes medidas foram tomadas para que Cachoeira ganhasse, a exemplo do que já havia em Santa Maria, um ginásio que oferecesse aos estudantes do município a oportunidade de optarem por um curso comercial ou ginasial que também lhes permitisse prestar exames de preparatórios para cursos superiores. Colégio Marista Roque - colegiomarista.org.br A primeira tentativa de estabelecimento de uma escola de orientação marista se deu em 1907, quando Irmão Climaco e Irmão Geraldo estiveram em visita a Cachoeira para escolher um local para abertura de um ginásio. No ano seguinte, foi fundado por eles o Colégio Nossa Senhora da Conceição, na Rua Saldanha Marinho, com funcionamento regular até 1914. A segunda tentativa, muito bem sucedida, começou com a assinatura de um contrato entre a Associação Champagnat, mantenedora dos maristas,

D. Remídio Bohn, um estudioso de genealogia

Cachoeira do Sul está a lamentar o falecimento do Bispo Diocesano D. Remídio Bohn, ocorrido no Dia de Reis, 6 de janeiro de 2018. Em razão de sua interação com a comunidade e sua liderança junto aos católicos, a comunidade pranteou seu desaparecimento, comparecendo em grande número às cerimônias fúnebres ocorridas na Catedral Nossa Senhora da Conceição no dia 7. D. Remídio Bohn - pt.wikipedia.org Dom Remídio era um apreciador e estudioso de genealogia. Em mais de uma ocasião demonstrou seu interesse participando de atividades promovidas pelo Arquivo Histórico ou permitindo que a equipe utilizasse o excepcional arquivo documental da Diocese, onde estão resguardadas informações que remontam aos primórdios da história de Cachoeira do Sul, com registros a partir de 1779. Em 2012, ano da chegada de D. Remídio à cidade, durante a Semana de Cachoeira do Sul, o Arquivo Histórico promoveu a apresentação de estudos sobre a ocupação inicial do município por pessoas oriundas dos A

Porcos e águas servidas

Atacar questões de asseio público é obrigação dos gestores em todos os tempos, porque mesmo no passado já havia o entendimento de que certos maus hábitos são responsáveis imediatos por problemas de saúde da população. Uma das primeiras manifestações de preocupação com estas questões em Cachoeira se deu em 1827, quando o cirurgião Gaspar Francisco Gonçalves alertou sobre os sepultamentos dentro da Igreja Matriz e o mau recolhimento das águas nas sangas e córregos da vila. Na edição de 1.º de janeiro de 1918, o jornal O Commercio  registra uma prática salutar empreendida pela administração municipal que era a de promover vistorias domiciliares em busca de irregularidades que atentassem contra o asseio e, logicamente, em casos de descumprimento das determinações constantes do código de posturas, aplicar multas.  Diz a matéria o seguinte: Visitas domiciliares. - O [rasgado] Alexandre Lemos de Farias, fiscal da 2.ª zona urbana, procedeu na semana finda, a visitas domiciliares n