Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2017

Semelhança ou coincidência?

Apesar da passagem do tempo e das modificações por ele promovidas, alguns aspectos da vida na cidade são atemporais, ou seja, serão sempre considerados pelo grau de interferência que produzem na vida das pessoas. O jornal O Commercio , em sua primeira edição do ano de 1918, traz uma notícia dos últimos dias do ano de 1917, marcando uma distância temporal de 100 anos, em que coincidentemente a preocupação é a mesma que marca os últimos dias de 2017 e quiçá os primeiros de 2018: Chuva. - Pelas 5 horas da tarde de terça-feira, 25 do passado, annuviou-se o tempo, e após ligeira ventania, cahiram algumas bategas d'agua sobre esta cidade e suas immediações. Vista geral da cidade entre 1917 e 1918 - Fototeca Museu Municipal Na cidade, porém, foi tão pequena a queda d'agua que mal deu para apagar o pó das ruas. Entretanto, a cerca de uma legua de distancia, a rumo nordeste da urbs, choveu abundantemente, como por exemplo, nas propriedades ruraes dos nossos amigos cor

Então é Natal!

A Equipe do Arquivo Histórico do Município de Cachoeira do Sul "Carlos Salzano Vieira da Cunha" agradece a todos que prestigiaram as postagens do blog, servindo-se delas para compreender a riqueza documental e as múltiplas possibilidades de entendimento dos contextos históricos. Aproveita o ensejo para apresentar os melhores votos para as festas que se aproximam, almejando um 2018 de muitas conquistas e de crescente valorização da memória. Feliz Natal! Feliz 2018! Observação: a partir do dia 27 de dezembro o Arquivo Histórico estará atendendo em turno único: das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira.

Os 100 Anos da Revolução Russa

O Arquivo Histórico, juntamente com a Associação Cachoeirense de Amigos da Cultura - AMICUS, está participando da programação da Semana de Cachoeira 2017 com o debate  OS CEM ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA: IMPACTOS E DESDOBRAMENTOS AO LONGO DO SÉCULO XX, Debatedores  Ms. Andréia Duprat, Fernanda Feltes e Dr. Frederico Duarte Bartz ONDE? Auditório do Museu Municipal - antiga Prefeitura - Rua 15 de Novembro, 364 QUANDO? 15 de dezembro, às 18 horas PROGRAMA: Andréia Duprat (Mestre em Artes Visuais pela UFRGS) –  Os Reflexos da Arte Revolucionária no Rio Grande do Sul dos Anos de 1950 – O Caso do Clube de Gravura de Porto Alegre Fernanda Feltes (Mestranda em História pela UFRGS) –  Os Movimentos Revolucionários na América Latina Frederico Duarte Bartz (Doutor em História pela UFRGS) –  O Impacto da Revolução Russa no Rio Grande do Sul Após o debate, será comercializada e autografada a obra  O HORIZONTE VERMELHO: O IMPACTO DA REVOLUÇÃO RUSSA

Visitas educativas ao Arquivo Histórico

O Arquivo Histórico do Município de Cachoeira do Sul, especialmente no segundo semestre de 2017, tem sido alvo de várias visitas de alunos e professores que buscam na instituição o entendimento de sua organização, quais os serviços oferecidos e as informações históricas de seu interesse. A difusão do papel do Arquivo Histórico é fundamental para o entendimento da sua importância, ao mesmo tempo que dimensiona o quanto o município de Cachoeira do Sul pode se orgulhar por manter esta instituição que já granjeou reconhecimento além-fronteiras. No dia 28 de setembro de 2017, o professor Mateus Rosada, da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Campus Cachoeira do Sul, promoveu uma de suas aulas junto às dependências do Arquivo Histórico, onde também está sediado o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico-Cultural - COMPAHC, cujo acervo documental interessa sobremaneira os acadêmicos e suas relações com os bens do patrimônio histórico local. Alun

Segurança - uma ânsia de todos os tempos

As questões de segurança, embora pareçam ser um problema moderno, sempre estiveram no topo das preocupações dos cidadãos cachoeirenses. Ao tempo do início da povoação, ainda no século XVIII, dentre outras, a ameaça de ataques dos índios selvagens, chamados pelos padres de infiéis, atemorizava as famílias dos primeiros moradores.  No primeiro livro de assentos de óbitos da Diocese de Cachoeira do Sul há registros de mortes provocadas por ataques de índios, como o caso ocorrido em 9 de setembro de 1796, quando foram atacados e  desgraçadamente mortos pelos infiéis tupis  Maria Pedroza, viúva de 70 anos aproximadamente, a filha Luzia Garcia, viúva, e os netos Roza, solteira, e os menores Felippe, de 10 anos, e Joanna, sete anos. Como se vê, aqueles eram tempos de vida selvagem e abandono à própria sorte... Houve períodos de revoluções, especialmente a Guerra dos Farrapos, quando por diversas vezes a vila foi tomada ora por legalistas, ora por farroupilhas. O medo andava por todos

Dr. João Neves da Fontoura - 130 anos

Há 130 anos, nascia em Cachoeira João Neves da Fontoura, filho de Isidoro Neves da Fontoura e de Adalgisa Godoy da Fontoura, um dos vultos mais ilustres e importantes desta terra. Dr. João Neves da Fontoura - Fototeca Museu Municipal Em 16 de novembro de 1927, por ocasião de seu 40.º aniversário, João Neves foi alvo de homenagens. A notícia que ocupou a primeira página do jornal O Commercio , edição de 23 de novembro, dá mostras do quão importante já era o jovem político, cuja trajetória futura o consagraria ainda mais.  Dr. João Neves da Fontoura O nosso illustre amigo dr. João Neves da Fontoura, "leader" da maioria republicana da Assembléa e candidato á vice-presidencia do Estado, recebeu, por motivo do seu anniversario natalicio, a seguinte carta de congratulações que lhe enviou o dr. Borges de Medeiros, eminente presidente do Estado e chefe do Partido Republicano Rio-Grandense. "Porto Alegre, 16 de novembro de 1927. - Prezado amigo dr. João Neves

Uma cápsula para daqui um século

As comemorações do centenário de criação do 3.º Batalhão de Engenharia de Combate de Cachoeira do Sul, inicialmente sediado em São Gabriel e instalado em Cachoeira em 1924, foram determinantes para que uma cápsula do tempo, assentada no dia 2 de abril de 1922, fosse localizada sob a pedra fundamental do quartel. A abertura do artefato fez emergir do passado muito da história daquele dia, com a grata surpresa do achado de exemplares raros de jornais, como A Palavra , de Fábio Leitão, casualmente falecido no dia 10 de novembro de 1924, no Barro Vermelho, em episódio histórico que envolveu este mesmo batalhão. Militares que localizaram a cápsula de 1922 - Foto Jornal do Povo No dia 10 de novembro de 2017, coroando as comemorações que se desenrolaram ao longo de todo ano, aconteceu a inauguração do monumento que marca os 100 anos da corporação (projetado pelo arquiteto Osni Schroeder), quando outra cápsula do tempo ocupou o lugar da primeira, desta vez portando para daqui um séc

Um cemitério para a Vila

Até meados da primeira metade do século XIX era prática corrente em todo o Brasil enterrar os mortos dentro das igrejas e cabia aos padres a tarefa de registrar nos livros correspondentes os assentos de batismos, casamentos e óbitos dos fiéis, bem como providenciar os sepultamentos. Na Vila Nova de São João da Cachoeira não era diferente e, apesar dos incômodos, especialmente o mau cheiro dos corpos em decomposição na estrutura mal vedada das paredes da Igreja Matriz, as autoridades nada faziam para solucionar a prática. Até que em 4 de outubro de 1827, o cirurgião-mor do Império, Gaspar Francisco Gonçalves, fez um alerta em sessão dos vereadores, prevenindo-os da urgente necessidade da construção de um cemitério fora da vila. Em seu pronunciamento, Gaspar Francisco Gonçalves foi contundente, afirmando que sepultar os mortos dentro da igreja consistia em causa pestífera assaz capaz de infeccionar uma grossa cidade, quanto mais uma vila tão pequena, como se prova pelas grandes

A pereira da Miséria

O jornal O Commercio , edição de 21 de dezembro de 1910, talvez imbuído do espírito natalino, publicou uma lenda húngara, na verdade uma parábola que tenta explicar a miséria no mundo. Eis o texto: ===== A pereira da Miséria ===== Em um logar denominado Vico, existia uma mulher, chamada Miséria, que esmolava de porta em porta, e parecia tão velha como o peccado original. A mulher Miséria habitava em companhia de um cão, chamado Tarro, em um immundo casebre, sem moveis, tendo um bastão e uma saccola sempre vazia. É verdade que tinha tambem um pequeno quintal, com uma unica arvore, uma pereira tão formoza que não tinha rival, a não ser no paraizo terrestre. O unico prazer que neste mundo tinha Miséria era comer os fructos de sua pereira, mas, desgraçadamente, os rapazes lhe roubavam alguns. Quando ella sahia a pedir, Tarro a acompanhava, menos no outomno, que ficava elle para guardar a casa e a pereira, porém com grande sentimento, pois a velha e o cão se amavam com amôr

Arquivo Histórico registrado na XII Semana de Museus de Franca

Foi com satisfação que a equipe do Arquivo Histórico recebeu a publicação Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus , resultado de uma reflexão proposta pelo Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM sobre "quais as histórias que nossos museus estão contando? Como eles colaboram para a construção ou para o questionamento das versões oficiais dos grupos dominantes? Quais outras histórias precisam ser lembradas? Como trabalhar na expografia o confronto entre lembranças e esquecimento?"   Capa da publicação de Franca - SP Uma das histórias retratadas na publicação, que contém outros onze textos, traz a vida de um personagem que se ligou a Cachoeira, mais especificamente ao comando da Guarda Nacional. Trata-se de José Pinheiro de Ulhoa Cintra, natural de Jacuí, Minas Gerais, e que foi coronel da República Rio-Grandense. A pesquisa, assinada por Sônia Regina Belato de Freitas Lelis e Walter Antônio Marques Lelis, foi publicada com o título Mineiros na Gu

Encontrada a cápsula do tempo do 3.º BECmb

Na manhã do dia 6 de outubro de 2017, soldados do 3.º Batalhão de Engenharia e Combate de Cachoeira do Sul fizeram o passado emergir da terra quando localizaram a cápsula do tempo que foi depositada sob a pedra fundamental dos quartéis, festivamente lançada em 2 de abril de 1922. Naquele dia 2 de abril, estiveram em Cachoeira o Ministro da Guerra, João Pandiá Calógeras, General Cândido Rondon, chefe da Diretoria de Engenharia do Exército, outros oficiais e representantes da Companhia Construtora de Santos, empresa executora das obras. João Pandiá Calógeras - Ministro da Guerra Cândido Rondon - Diretor de Engenharia do Exército Recebidas pelo intendente Aníbal Loureiro, as autoridades foram levadas para conhecerem o terreno em que se assentariam os quartéis, cedidos pela Intendência ao Ministério da Guerra depois de terem sido adquiridos por compra a Virgílio Carvalho de Abreu e Virgilino Carvalho Bernardes. Intendente Annibal Loureiro O jornal  O Commercio , ediç

60 anos do edifício-sede do Clube Comercial

No dia 5 de setembro de 2017 transcorreram os 60 anos da inauguração do edifício que serve de sede ao Clube Comercial, uma das sociedades mais tradicionais de Cachoeira do Sul. Edifício do Clube Comercial - Rua 7 de Setembro - foto institucional A construção da sede própria foi sonho acalentado por gerações de associados, o que começou a se concretizar em 1945, quando um terreno e prédios localizados na Rua Sete de Setembro, esquina General Portinho foram adquiridos do casal Dr. Arthur Frederico Decker e Célia Decker. Em junho de 1949 foi lançada a pedra fundamental do edifício, com projeto desenvolvido pelo desenhista Ervino Brandt. A obra foi executada pela firma construtora Roberto Jagnow & Cia. Ltda., sob a direção técnica do engenheiro Hugo Schreiner. Planta do edifício do Clube Comercial, projeto de Ervino Brandt  - Acervo Arquivo Histórico Símbolo do Clube Comercial inserido no frontão do prédio  Os jornais O Comércio  e Jornal do Povo  noticiaram larg